Devir é um conceito da Filosofia e denomina transformação intensa da vida, a partir dos encontros que construímos. Inspirados por este conceito, oferecemos nosso espaço e nosso trabalho para que possamos produzir transformações, as quais sejam por uma vida alegre, criativa e engajada social, política, ecológica e eticamente.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Estamos buscando saídas para um mundo sufocado!


No mundo acadêmico, dizem que somos afetivos demais, que devemos ser mais centrados, racionais, técnicos e teóricos; mas quando somos mais racionais, não podemos usar qualquer pensador, não se pode misturar, os pudores institucionais, as richas de setor, linha de pesquisa e vaidade acadêmica estão obesas demais...

No mundo dos espiritualistas, dizem que somos racionais, mas não entendem a importância do engajamento social e da visão politizada, histórica e atenta às relações de poder. Ser afetivo é, por acaso, ignorar toda as questões mais telúricas, terrenas, deste plano, que estão diretamente ligadas às relações de poder, de governo, de dominação???

No mundo da política, entretanto, nos dizem que somos alienados, pouco engajados. Mas desde quando priorizar uma diplomacia falsa e os interesses partidários é engajamento político e democrático??!! Quando as metas justificam qualquer estratégia, isso se chama maquiavelismo, coisa medieval, da época absolutista!!

No mundo da arte dizem que o que fazemos é artesanato, é esporte, mas não é arte. Então agora a arte ficou setorizada, virou coisa de especialista como é o especialista em joelho ou em câncer??!!

Daí, no mundo dos terapeutas, dizem que não somos sérios, que só os modos de intervenção mais antigos e dominantes é que funcionam. Parece que estar numa relação terapêutica com o outro é questão de reificar as pessoas, tranformando-as em entidades patológicas ou intrapsíquicas!! Como se seriedade dependesse de homogeneizar a prática, o tempo, a técnica, e, pior, os modos de sentir, os afetos!!

Mas, o pior disso tudo é que aqueles que outrora pensamos ser nossos parceiros muitas vezes nos traem usando nossos próprios argumentos e nossos conhecimentos compartilhados contra nós mesmos, sempre que tentamos de fato inventar, experimentar, arriscar e criar.
Vamos ver... quero ver a água ser represada! Quero ver os ventos de nossas vontades serem estancados! Para nós não existe porta, apenas brechas!
Por Renata Domingues e Fernando Yonezawa

Um comentário:

Anônimo disse...

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