Devir é um conceito da Filosofia e denomina transformação intensa da vida, a partir dos encontros que construímos. Inspirados por este conceito, oferecemos nosso espaço e nosso trabalho para que possamos produzir transformações, as quais sejam por uma vida alegre, criativa e engajada social, política, ecológica e eticamente.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Reverberações da Cosmofagia Noturna


No fim das contas: vendemos
Condição inerente aos nossos tempos

E o que há de bem afeito ao consumo
Tomamos como uma isca perigosa
Em tempos em que se compra e se consome o que nos priva de roubos

Arriscamo-nos ao roubo.

Roubo, RoUBo
Da tranqüilidade que nos engorda
RoUBO
Da pele intacta e lisinha
ROubo
Dos saberes bem assentados
ROuBO
Da imagem conformada
ROUBO
Das certezas e seguranças macias
RouBo
Das intimidades que nos fecham num privado
ROubo
Dos prazeres fáceis e finais felizes

Pesquisamos e propomos condições para que infinitos RoUbOS se dêem
Romper com os cercados, com nossas atitudes possessas.
Com os Édipos que privatizam afetos

Esta é a condição para uma vida mais forte e inventiva.
Devir selvagem, devir água, devir vegetal.

Devir n territórios, misturas e inumanidades



Podemos agredir
Podemos defender
Não o ego, mas processos de produção de diferença
Não identidades, mas a experiência de sempre transitarmos.
Não o privado, mas o público transbordante em temperamentos.
Não a comodidade, mas as tensões que nos levam a outros modos de existir







Agradecemos de coração aos alunos e amigos 
que participaram desta nossa proposta de experimentação.
Também agradecemos carinhosamente a participação de 

Yanina Paganelli e Silmara Bergamo
na construção e realização deste trabalho.

Fotos:  Yanina Paganelli