Devir é um conceito da Filosofia e denomina transformação intensa da vida, a partir dos encontros que construímos. Inspirados por este conceito, oferecemos nosso espaço e nosso trabalho para que possamos produzir transformações, as quais sejam por uma vida alegre, criativa e engajada social, política, ecológica e eticamente.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Oficina Corpo(i)ética em Mar del Plata (Argentina) nas Jornadas Gilles Deleuze

Com muita alegria e honra estaremos nos dias 3 e 4 de outubro em Mar del Plata, na Argentina, para oferecer uma oficina de nossas práticas artístico-educacionais.

Este trabalho, que chamamos de Corpo(i)ética, consiste em realizar experimentações corporais coletivas, pensando-as a partir de conceitos de Guattari e Deleuze, bem como de Nietzsche, Spinoza, Foucault. Também os trabalhos de importantes artistas como Maura Baiocchi, Lygia Clark, Marina Abramovic, Artaud e Hélio Oiticica, nos inspiram e servem de fonte de estudo e pesquisa.

Nestas experimentações, a arte e seus recursos expressivos nos fornecem meios para que corpos humanos e inumanos se afetem, formando composições insuspeitas de novas forças. Elementos sinestésicos, exercícios de força e expressão e a diversificação do ritmo respiratório nos possibilitam criar um espaço intensivo, no qual os corpos se compõem e se decompõem, de modo a terem seus regimes de sensibilidade e pensamento problematizados. Então, a potência desta problematização é que implica na possibilidade dos corpos se educarem em seus modos de sentir. Portanto, concebemos a educação não como formação de sujeitos, mas como um processo intenso de produção de encontros artísticos (poéticos), capazes de metamorfosear as forças dos corpos e seus modos de relação consigo próprios.

Assim, partimos também da ideia de que a Educação e a Clínica são campos a serem transversalisados, de modo que em ambas as áreas se imprima a questão das forças que constituem os corpos e das potências que os expressam.