Devir é um conceito da Filosofia e denomina transformação intensa da vida, a partir dos encontros que construímos. Inspirados por este conceito, oferecemos nosso espaço e nosso trabalho para que possamos produzir transformações, as quais sejam por uma vida alegre, criativa e engajada social, política, ecológica e eticamente.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ressonâncias do Workshop: Vivências teórico-práticas em Esquizo-análise Rio Verde – GO.


Dias 26 e 27 de maio estivemos no Senac de Rio Verde - Goiás realizando o Workshop de Esquizo-análise com graduandos, professores e profissionais psicólogos formados pela FESURV (Universidade de Rio Verde).

Trabalhamos o tema Morte e Vida: por uma educação dos afetos, por uma clínica da diferença, de modo que pudemos, ao longo dos dois dias, ir construindo – e, por conseqüência descontruindo – outros modos de relação pautados na potência e na produção de diferença. Pudemos inventar e construir uma educação dos afetos e um clinica da diferença que não fosse  apenas um conteúdo a ser apreendido por uma escuta usual.

Foi surpreendente a maneira como as pessoas foram se engajando nesse outro modo de relação com a produção de saber que passava pela experimentação, pela experiência do corpo nessa relação de afetar e ser afetado.

Produzimos ali, entre nós, outros jeitos de olhar, de falar, de se perceber no coletivo e produção desse coletivo. Nos dispomos ao risco, nos arriscamos a arrancar as “roupas” que normalmente nos deixam constrangidos e fomos entrando no mar das forças do afetar e ser afetado. Sentimos no corpo a potência de outras maneiras de se encontrar e pudemos experienciar outros tipos de morte a partir da vida. Mortes como afirmação da vida.

Fica a vontade de retorno e gratidão pelo apoio, carinho e dedicação de Camila, Larissa e Nathália da FESURV que trabalharam muito para que este work acontecesse, pela atenção de Mariza que nos recebeu no Senac. E agradecemos também e somos gratas pela disponibilidade, carinho e abertura ao desconhecido por parte da(o)s participantes.

Grande abraço a todas e todos que tornaram este work surpreendente
Ângela Vieira e Juliana Bom-tempo

5 comentários:

Mariana disse...

"Produzimos ali, entre nós, outros jeitos de olhar, de falar, de se perceber no coletivo e produção desse coletivo. Nos dispomos ao risco, nos arriscamos a arrancar as “roupas” que normalmente nos deixam constrangidos e fomos entrando no mar das forças do afetar e ser afetado. Sentimos no corpo a potência de outras maneiras de se encontrar e pudemos experienciar outros tipos de morte a partir da vida. Mortes como afirmação da vida."

Isso não aconteceu só nesse work em Rio Verde.. aconteceu também nesse que tivemos nesse final de semana em Campinas. Foi muito bom! Pude morrer e nascer de novo. Ainda estou afetada, e sem palavras para o que aconteceu.. só quem esteve lá pode me entender..

Ângela Vieira disse...

Nossa Mariana, que bela fisgada escrevemos há alguns meses atrás este textinho e ele se mantém atual, coisa linda né!
Isso nos mostra que morrer há de ser belo, se esse morrer for por aumento de potência de vida.

Grata pela partilha, pela passagem carinhosa e atenta.bjss

Mariana disse...

Tava olhando os post's do blog, e quando cheguei nesse post, bem nessa parte eu fiquei chocada. Era o que estava expressando em palavras tudo que nos aconteceu. Tudo mesmo, desde a parte de morte e vida,nascer, até a parte do mar, incrível! Parecia ter sido escrito para o nosso work, tudo! Não encontraria outras palavras a não ser essas...

Eu que agradeço por ter nos proporcionado esse momento belo, essa renascimento.. Aguardo mais! rs'

Beijos

Ângela Vieira disse...

Beijos no coração, Mariana.

Tuas palavras são um aconchego e um respiro por continuar abrindo-me para esse imenso mar de afectos que é a vida.

Até breve!!

ju_bomtempo disse...

Nossa gente, incrivel isso!!! Parece que houve uma attualização inesperada do que trabalhamos em Goiás. A morte como potencia de vida a compater as mortes por paradas que nos adoecem. Matar o que nos trava, o que nos prende, o que nos cala, o que nos estabiliza. Cair no barco da travessia, atravessar o caos. Lindo!!!!!! Emocionada! Grata Anjo, Mari, Fer, Cris, Marília, Henrique, Virginia, Hugo, Julia, Gabriela, Lívia, Antonio, Silmara, Caio, Rubens, Lorraine, Junia, Limersi, Fernanda, Beatriz...