Devir é um conceito da Filosofia e denomina transformação intensa da vida, a partir dos encontros que construímos. Inspirados por este conceito, oferecemos nosso espaço e nosso trabalho para que possamos produzir transformações, as quais sejam por uma vida alegre, criativa e engajada social, política, ecológica e eticamente.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

devir-experimentador







Nossa idéia é de fazer da dEVIR um espaço que una o terapêutico do afeto mais íntimo, com o compromisso político-social e ecológico. Assim, encontramos na cultura, na arte, na Medicina Tradicional Oriental, na Filosofia terrenos muito intensos e potentes de produção de vida. Gostamos de realizar oficinas culturais e eventos envolvendo cinema, poesia e arte. Gostamos também de abrir espaços grupais de convivência rica e alegre para as pessoas, em que haja a sensação de acolhimento e compartilhamento.
Atuamos institucionalmente dentro das áreas de educação e saúde, procurando nunca fragmentar e distanciar as complexas relações de interpenetração entre as áreas. Mas nossa proposta é mais ampla que isso. A nossa vontade é de produzirmos potência de vida, produzirmos liberdade, cultura e modos de viver alegres e isso, certamente, não se restringe a setor institucional algum!





Explicando...



devir é todo tipo de força, sensação, ou movimento que coloca a vida a se transformar, a migrar, a mudar. Os devires nunca são caricaturas, nem são dominantes. Não existe devir-macho, devir-europeu, ou devir-humano, porque os devires sempre são produzidos onde menos se espera, nas brechas da realidade. Existe, sim, devir-mulher, devir-negro, devir-criança, devir-animal, mas mesmo a criança, a mulher, o negro precisam encontrar seus devires, precisam sentir algo de vibrante. Todos precisam é encontrar um devir-criança, pois sem este, nenhum dos outros existe. O devir-criança é a aliança afetiva mais potente que percorre todos dos outros devires.






,

terça-feira, 3 de julho de 2007

alguns dos nossos trabalhos




Alguns dos trabalhos que estamos começando a desenvolver no momento são grupos de mulheres e grupos de adolescentes.




O grupo de mulheres tenta fazer uma espécie de despoluição do feminino, reavivando aquilo que de mais belo há em ser mulher, em ser mulher de inúmeros jeitos. Nosso objetivo é cuidar da feminilidade, liberando-a tanto do machismo, quanto de qualquer tipo de exclusão. Abordaremos formas de feminilidade presentes em outros povos e também questões ligadas à saúde da mulher, aos direitos reprodutivos, ao corpo, ao afeto, à potência do ser mulher.




O grupo de adolescentes pretende desfazer o clichê teórico que diz que o adolescente é um ser perdido, à procura de identidade, agressivo e mal humorado. Nosso olhar aborda a adolescência como uma fase muito potente da vida, cheia de vontade de transformação, invenção, conhecimento e mudança de valores. Nossa proposta é de desmontar o consumismo, o individualismo e a violência silenciosa que tem recaído sobre os adolescentes para revigorar as forças de indignação e transformação do mundo que vemos pulsar nos guris e gurias.




Nossa procura atual


Agora temos procurado amigos, parceiros, que estejam com vontade de aprender e experimentar junto concosco um modo de trabalhar e viver criativo, coletivo, talvez arriscado, mas que carregue um frescor de primavera.
Por isso, também buscamos pessoas, instituições, grupos que sintam-se atraídos por nosso modo de trabalhar, pensar, sentir, agir.
A proposta da
dEVIR está muito ligada ao pensamento da Filosofia da Imanência, ou seja, dos pensadore Deleuze e Guattari. Entretanto, gostamos muito de compor com parceiros vindos de muitos referenciais de ação e pensamento diferentes, entre os quais alguns da Arteterapia, do paradigma da Complexidade, da Fenomenologia Existencial, da Psicologia Transpessoal, do Budismo, dos Estudos Foucaultianos, do Zen, da Acupuntura, da Bioenergética, da Homeopatia, dos Marxistas (quando não são ortodoxos!) ... Só não dá mesmo para combinar com pensares antigos, arcaicos, dominantes demais, hegemônicos demais! Afinal, Esquizo mesmo é não ser nada de muito pudico, academicista, intelectualóide, caricato...

Estamos buscando saídas para um mundo sufocado!


No mundo acadêmico, dizem que somos afetivos demais, que devemos ser mais centrados, racionais, técnicos e teóricos; mas quando somos mais racionais, não podemos usar qualquer pensador, não se pode misturar, os pudores institucionais, as richas de setor, linha de pesquisa e vaidade acadêmica estão obesas demais...

No mundo dos espiritualistas, dizem que somos racionais, mas não entendem a importância do engajamento social e da visão politizada, histórica e atenta às relações de poder. Ser afetivo é, por acaso, ignorar toda as questões mais telúricas, terrenas, deste plano, que estão diretamente ligadas às relações de poder, de governo, de dominação???

No mundo da política, entretanto, nos dizem que somos alienados, pouco engajados. Mas desde quando priorizar uma diplomacia falsa e os interesses partidários é engajamento político e democrático??!! Quando as metas justificam qualquer estratégia, isso se chama maquiavelismo, coisa medieval, da época absolutista!!

No mundo da arte dizem que o que fazemos é artesanato, é esporte, mas não é arte. Então agora a arte ficou setorizada, virou coisa de especialista como é o especialista em joelho ou em câncer??!!

Daí, no mundo dos terapeutas, dizem que não somos sérios, que só os modos de intervenção mais antigos e dominantes é que funcionam. Parece que estar numa relação terapêutica com o outro é questão de reificar as pessoas, tranformando-as em entidades patológicas ou intrapsíquicas!! Como se seriedade dependesse de homogeneizar a prática, o tempo, a técnica, e, pior, os modos de sentir, os afetos!!

Mas, o pior disso tudo é que aqueles que outrora pensamos ser nossos parceiros muitas vezes nos traem usando nossos próprios argumentos e nossos conhecimentos compartilhados contra nós mesmos, sempre que tentamos de fato inventar, experimentar, arriscar e criar.
Vamos ver... quero ver a água ser represada! Quero ver os ventos de nossas vontades serem estancados! Para nós não existe porta, apenas brechas!
Por Renata Domingues e Fernando Yonezawa

minhas dúvidas


Se meu sonho é grande, é porque ele nasce de uma coisa pequenina feito um broto de feijão...

Se minha vontade vai além do meu presente, é por causa de uma vontedezinha que eu senti ao lado de algumas pessoas especiais.

Será que vai dar certo? Será que minha vontade poderia seduzir mais gente?

"Você diria que sou um sonhador, mas eu não estou sozinho"

Algumas coisas importantíssimas estão se movendo em mim, mas será que vão ganhar as terras desse mundo?

Seja muito bem vindo!! Fique à vontade...


Olá!! Ficaremos muito contentes se você, ou vocês, o senhor ou a senhora, sentirem-se à vontade para comentarem, responderem, sugerirem e, ao mesmo tempo, serem sugeridos, respondidos. As flechas partem para o desconhecido e trazem brisas inesperadas!