Depois do longo período de férias, convidamos a todos os parceiros, amigos e estudiosos interessados a fazerem parte do Coletivo de Estudos e Experimentações Corpo, Arte e Educação em Deleuze e companheiros, que estaremos conduzindo a partir deste semestre.
Aberto a estudiosos e pesquisadores de todos os níveis e períodos.
Neste grupo, além de estudarmos os textos deleuzeanos (nietzschianos, foucaultianos, spinozanos etc.) que podem contribuir para a construção de um modo inventivo e revolucionário de pensar a educação e a aprendizagem, iremos também realizar algumas experimentações corporais e artísticas, pois compreendemos que mais potente e mais transformadora é uma aprendizagem, quanto mais níveis de realidade e mais sensibilidade for envolvida em seu processo.
Traga uma fruta, para compartilharmos também de sabores refrescantes neste calor. Venha com os bolsos e bolsas cheios de questões que te intrigam e te deixam tenso para pensar a educação, o corpo e a arte.
Iniciaremos no dia 04 de março, quarta-feira, às 9h.
Ponto inicial de encontro: nas grandes pedras, em baixo das perfumadas mangueiras e singelos sagüis, ao lado do CEMUNI de Psicologia da UFES.
Disparador do grupo: FERNANDO YONEZAWA, pós-doutorando e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional da UFES.
Devir é um conceito da Filosofia e denomina transformação intensa da vida, a partir dos encontros que construímos. Inspirados por este conceito, oferecemos nosso espaço e nosso trabalho para que possamos produzir transformações, as quais sejam por uma vida alegre, criativa e engajada social, política, ecológica e eticamente.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Oficina Corpo(i)ética em Mar del Plata (Argentina) nas Jornadas Gilles Deleuze
Com muita alegria e honra estaremos nos dias 3 e 4 de outubro em Mar del Plata, na Argentina, para oferecer uma oficina de nossas práticas artístico-educacionais.
Este trabalho, que chamamos de Corpo(i)ética, consiste em realizar experimentações corporais coletivas, pensando-as a partir de conceitos de Guattari e Deleuze, bem como de Nietzsche, Spinoza, Foucault. Também os trabalhos de importantes artistas como Maura Baiocchi, Lygia Clark, Marina Abramovic, Artaud e Hélio Oiticica, nos inspiram e servem de fonte de estudo e pesquisa.
Nestas experimentações, a arte e seus recursos expressivos nos fornecem meios para que corpos humanos e inumanos se afetem, formando composições insuspeitas de novas forças. Elementos sinestésicos, exercícios de força e expressão e a diversificação do ritmo respiratório nos possibilitam criar um espaço intensivo, no qual os corpos se compõem e se decompõem, de modo a terem seus regimes de sensibilidade e pensamento problematizados. Então, a potência desta problematização é que implica na possibilidade dos corpos se educarem em seus modos de sentir. Portanto, concebemos a educação não como formação de sujeitos, mas como um processo intenso de produção de encontros artísticos (poéticos), capazes de metamorfosear as forças dos corpos e seus modos de relação consigo próprios.
Assim, partimos também da ideia de que a Educação e a Clínica são campos a serem transversalisados, de modo que em ambas as áreas se imprima a questão das forças que constituem os corpos e das potências que os expressam.
Este trabalho, que chamamos de Corpo(i)ética, consiste em realizar experimentações corporais coletivas, pensando-as a partir de conceitos de Guattari e Deleuze, bem como de Nietzsche, Spinoza, Foucault. Também os trabalhos de importantes artistas como Maura Baiocchi, Lygia Clark, Marina Abramovic, Artaud e Hélio Oiticica, nos inspiram e servem de fonte de estudo e pesquisa.
Nestas experimentações, a arte e seus recursos expressivos nos fornecem meios para que corpos humanos e inumanos se afetem, formando composições insuspeitas de novas forças. Elementos sinestésicos, exercícios de força e expressão e a diversificação do ritmo respiratório nos possibilitam criar um espaço intensivo, no qual os corpos se compõem e se decompõem, de modo a terem seus regimes de sensibilidade e pensamento problematizados. Então, a potência desta problematização é que implica na possibilidade dos corpos se educarem em seus modos de sentir. Portanto, concebemos a educação não como formação de sujeitos, mas como um processo intenso de produção de encontros artísticos (poéticos), capazes de metamorfosear as forças dos corpos e seus modos de relação consigo próprios.
Assim, partimos também da ideia de que a Educação e a Clínica são campos a serem transversalisados, de modo que em ambas as áreas se imprima a questão das forças que constituem os corpos e das potências que os expressam.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Artigo fresquinho de nossa Juliana Bom-Tempo sobre Performance e Educação
Com muita alegria divulgamos e compartilhamos mais um artigo publicado por uma das integrantes de nosso coletivo. É o texto da Juliana Bom-Tempo, doutoranda em Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), pesquisadora da arte da performance. O trabalho, que trata da relação entre a arte da performance e Educação, foi publicado na revista Paralaxe, da PUC (Pontífica Universidade Católica) de São Paulo, a qual se foca em publicar trabalhos ligados à Filosofia da Arte e estudos sobre estética.
Abaixo, vai o resumo do texto e, logo em seguida, o link para o artigo completo. Também, algumas imagens de uma intervenção performática urbana, realizada pela Juliana, junto com alguns de seus estudantes.
Resumo
Este trabalho se propõe a pensar a arte da performance na interface com a educação como analisador das práticas cotidianas. Diante disso, a performance é aqui pensada como elemento agenciador de processos educativos que mobilizam e deslocam o cotidiano enquanto modos de vida pré-estabelecidos e sedimentados no dia-a-dia contemporâneo. A educação e a performance possuem aproximações ao se configurarem como práticas de experimentações vinculadas ao tempo presente, ao imprevisível, ao inesperado que produzem mobilizações de signos rígidos e definidos pela cultura. Tais formas de existir, pautados no ideal moderno de paz, calma e sucesso, produzem adoecimentos e fracasso banindo os embates de forças vinculados a própria vida. Frente a essas configurações do mundo contemporâneo, os processos de subjetivações trazem a urgência de desvios que produzam novas possibilidades de se viver, promovendo uma grande saúde, vinculada á vulnerabilidade que se abre ao novo e à invenção.
Abaixo, vai o resumo do texto e, logo em seguida, o link para o artigo completo. Também, algumas imagens de uma intervenção performática urbana, realizada pela Juliana, junto com alguns de seus estudantes.
Resumo
Este trabalho se propõe a pensar a arte da performance na interface com a educação como analisador das práticas cotidianas. Diante disso, a performance é aqui pensada como elemento agenciador de processos educativos que mobilizam e deslocam o cotidiano enquanto modos de vida pré-estabelecidos e sedimentados no dia-a-dia contemporâneo. A educação e a performance possuem aproximações ao se configurarem como práticas de experimentações vinculadas ao tempo presente, ao imprevisível, ao inesperado que produzem mobilizações de signos rígidos e definidos pela cultura. Tais formas de existir, pautados no ideal moderno de paz, calma e sucesso, produzem adoecimentos e fracasso banindo os embates de forças vinculados a própria vida. Frente a essas configurações do mundo contemporâneo, os processos de subjetivações trazem a urgência de desvios que produzam novas possibilidades de se viver, promovendo uma grande saúde, vinculada á vulnerabilidade que se abre ao novo e à invenção.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Artigo nosso publicado em revista da Universidade de la República de Uruguay sobre as experimentações Corpo(i)éticas
Com muito orgulho, divulgamos e compartilhamos nosso primeiro artigo que trata das experimentações corporais, coletivas e artísticas que temos chamado de Corpo(i)éticas. O texto acaba de sair do forno, na Revista Fermentário, que é uma revista de Educação da Universidade de la República de Uruguay. Este texto foi escrito junto com minha companheira, Ângela Vieira, tendo sido iniciado durante a ida para o evento Clínica da Diferença III, na UNESP de Assis-SP.
Lembramos que este é um trabalho desenvolvido coletivamente, ao longo de cinco anos, com a contribuição de muitos parceiros, amigos e mestres, que fazem e fizeram parte do Coletivo Devir. No atual momento, dedicamos este artigo muito carinhosamente a nossa grande parceira e amiga Juliana Bom-Tempo, psicóloga esquizo, performer e doutoranda em Educação pela UNICAMP, com a qual temos desenvolvido a proposta de que tratamos no texto. Trabalho que, além disso, em breve será realizado como Oficina-imersão Corpo(i)ética, em um sítio em Campinas e também no evento Jornadas Gilles Deleuze, em Mar del Plata, Argentina. Aliás, também há um artigo da Juliana neste mesmo número da revista.
Segue o resumo do trabalho e, logo abaixo, vai o link de nosso texto na revista, que está disponível on-line, podendo ser baixado completo em formato pdf. Esperamos que gostem e possam desfrutar desta leitura que mistura nossas pesquisas sobre Deleuze e sobre o tema do cuidado de si, em Foucault.
Corpo(i)ética: experimentações corporais como prática produtora de um
cuidado de si e de uma educação dos afectos.
http://www.fermentario.fhuce.edu.uy/index.php/fermentario/article/view/121
Para Ângela Vieira: pelo nosso amor, que tecemos cotidianamente para que ambos possamos estar sempre de braços abertos e fortes |
Lembramos que este é um trabalho desenvolvido coletivamente, ao longo de cinco anos, com a contribuição de muitos parceiros, amigos e mestres, que fazem e fizeram parte do Coletivo Devir. No atual momento, dedicamos este artigo muito carinhosamente a nossa grande parceira e amiga Juliana Bom-Tempo, psicóloga esquizo, performer e doutoranda em Educação pela UNICAMP, com a qual temos desenvolvido a proposta de que tratamos no texto. Trabalho que, além disso, em breve será realizado como Oficina-imersão Corpo(i)ética, em um sítio em Campinas e também no evento Jornadas Gilles Deleuze, em Mar del Plata, Argentina. Aliás, também há um artigo da Juliana neste mesmo número da revista.
Segue o resumo do trabalho e, logo abaixo, vai o link de nosso texto na revista, que está disponível on-line, podendo ser baixado completo em formato pdf. Esperamos que gostem e possam desfrutar desta leitura que mistura nossas pesquisas sobre Deleuze e sobre o tema do cuidado de si, em Foucault.
Corpo(i)ética: experimentações corporais como prática produtora de um
cuidado de si e de uma educação dos afectos.
Resumen: El objetivo de este texto es presentar un trabajo práctico que
desarrollamos hace cinco años, en lo cual ofrecemos experimentaciones
corporales-artísticas, con la finalidad de abrir un espacio de producción de un
cuidado de si mismo inmediatamente unido a la constituición de un
conocimiento o educación de los sentidos y de los afectos. A partir de una
reflexión conceptual entre la noción del cuidado de si que Foucault nos trae y
algunos conceptos de Deleuze – como cuerpo, educación y ética – estaremos
exponiendo los fundamentos filosóficos y algunos extractos de nuestra práctica
educativa experimental. De este modo, tenemos la intención de despejar la
relación que pensamos existir entre el cuidado de si, la educación y nuestras
prácticas experimentales.
Palabras-clave: cuerpo, cuidado de si, educación, ética.
http://www.fermentario.fhuce.edu.uy/index.php/fermentario/article/view/121
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
5º Curso de Introdução à Esquizoanálise (Filosofia Micropolítica de F. Guattari e G. Deleuze)
Convidamos a todos os profissionais e estudantes de áreas como Psicologia, Educação, Terapia Ocupacional, Artes, a participarem de nossa 5ª edição do Curso de Introdução à Esquizoanálise.
Nós do coletivo Devir, enquanto coletivo de profissionais educadores e terapeutas, estamos há 8 anos estudando e pesquisando rigorosamente a Filosofia Micropolítica de Guattari e Deleuze. Além disso, cada um de nós sempre veio cultivando com muita dedicação as suas Artes (dança, artes marciais, desenho, performance) e, com base nestas pesquisas e nesse cultivo, viemos realizando diversas práticas, entre análise institucional, oficinas artísticas, cursos, oficinas educacionais etc. sempre buscando levar estes trabalhos aos espaços públicos (Centros de Saúde, Centros de Convivência, praças, museus municipais, movimentos sociais e ONGs).
Mais informações na chamada abaixo.
Nós do coletivo Devir, enquanto coletivo de profissionais educadores e terapeutas, estamos há 8 anos estudando e pesquisando rigorosamente a Filosofia Micropolítica de Guattari e Deleuze. Além disso, cada um de nós sempre veio cultivando com muita dedicação as suas Artes (dança, artes marciais, desenho, performance) e, com base nestas pesquisas e nesse cultivo, viemos realizando diversas práticas, entre análise institucional, oficinas artísticas, cursos, oficinas educacionais etc. sempre buscando levar estes trabalhos aos espaços públicos (Centros de Saúde, Centros de Convivência, praças, museus municipais, movimentos sociais e ONGs).
Mais informações na chamada abaixo.
montagem artística desta imagem: Danielen Brandão |
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Transmutar o amor: a revolução mais ousada
Há muito tempo, tenho pensado que, para além (ou aquém) das grandes revoluções políticas, há uma revolução muito mais ousada (e perigosa), que certamente traria tantas e tão extensas transformações, que até os mais aguerridos militantes estremeceriam de medo.
Aliás, é uma revolução que não deixa de ser política; porém, faria política de um modo radicalmente novo e distinto. Seria uma revolução, sim, absolutamente política, mas justamente no sentido de política enquanto problematização e produção de modos de relação e encontro, nos quais se module a potência dos corpos e o seu poder de agir em direção ao mais nobre, ao mais elevado, ao mais potente.
Essa revolução de que estou falando é a revolução em nossos modos de amar: certamente a mais grave das revoluções.
O fato é que, apesar de tantas revoluções tecnológicas, científicas, artísticas e políticas, ainda vivemos uma profunda miséria nos modos de amar. Ora, revolucionar os nossos modos de amar seria também uma revolução artística. Em muitas de minhas aulas, gosto de citar Foucault (no livro Ditos e Escritos vol.V), quando diz que os gregos antigos tinham produzido uma tal variedade de modos de relação de homens com homens, que é muito difícil conseguirmos compreendê-las a partir da restrição e pobreza de nossos modos de encontro: não se entende se dois homens eram amantes, ou amantes e mestre-discípulo, ou amigos...
Revolucionar o amor seria e é uma prática profundamente artística; é preciso ser infinitamente artista para fazer uma revolução em nossos modos de amar. E aí, também vem as perguntas: que ética e que força vital nasceria daí? Que nobrezas surgiriam daí? E vejam que falo de amor, não de bundalele, suruba, relação aberta, suingue, beijar várias pessoas numa micareta: tudo isso é de uma caretice nauseante e que dá uma preguiça... clichês!
Oh! Pós-modernos, descolados, libertários, seriam capazes disso??
Ainda não fizemos esta revolução e tantos tentaram e têm tentado. Muitas das religiões, especialmente o cristianismo, querem se fazer passar por agentes dessa revolução, quando só fazem o amor recair, de maneira muito subliminar e astuta, sobre formas de encontro cada vez mais caricatas, ossificadas e monstruosas.
Para corroborar comigo coloco aqui um trecho de entrevista com Deleuze, que acolheu muito isso de que falo, mas que já sentia e pensava muito antes de encontrar este texto:
"Em primeiro lugar, há relações de amizade ou de amor que não esperam a revolução, que não a prefiguram, embora sejam revolucionárias a seu modo: elas têm em si uma força de contestação que é própria da vida poética (...) Neste caso, há mais budismo zen do que marxismo, mas há muitas coisas eficazes e explosivas no zen." (DELEUZE, 2006: p.187 - livro A Ilha Deserta; texto chamado "Gilles Deleuze fala da Filosofia")
Também indico o filme Os sonhadores, para quem tenha se sensibilizado com isso que digo.
E, para seguir provocando e incitando que ousemos em produzir novos modos de relação amorosa, deixo também um vídeo que fala disso e certamente vai arrepiar a muitos, seja com horror moral, seja com alegria poética. Creio que o vídeo dará continuidade a meus argumentos. Mas é claro que ele só mostra mais uma possibilidade, não se pode dizer, evidentemente, que se trata da grande solução; há muitas revoluções amorosas possíveis e outras ainda virtuais, insuspeitas.
O amor exige seus devires!
http://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/documentario-mostra-dia-a-dia-de-adeptos-do-poliamor/
Aliás, é uma revolução que não deixa de ser política; porém, faria política de um modo radicalmente novo e distinto. Seria uma revolução, sim, absolutamente política, mas justamente no sentido de política enquanto problematização e produção de modos de relação e encontro, nos quais se module a potência dos corpos e o seu poder de agir em direção ao mais nobre, ao mais elevado, ao mais potente.
Essa revolução de que estou falando é a revolução em nossos modos de amar: certamente a mais grave das revoluções.
pétalas amam outro vermelho e se engalfinham para mergulhar (fotos e montagem: coletivo dEVIR) |
O fato é que, apesar de tantas revoluções tecnológicas, científicas, artísticas e políticas, ainda vivemos uma profunda miséria nos modos de amar. Ora, revolucionar os nossos modos de amar seria também uma revolução artística. Em muitas de minhas aulas, gosto de citar Foucault (no livro Ditos e Escritos vol.V), quando diz que os gregos antigos tinham produzido uma tal variedade de modos de relação de homens com homens, que é muito difícil conseguirmos compreendê-las a partir da restrição e pobreza de nossos modos de encontro: não se entende se dois homens eram amantes, ou amantes e mestre-discípulo, ou amigos...
Revolucionar o amor seria e é uma prática profundamente artística; é preciso ser infinitamente artista para fazer uma revolução em nossos modos de amar. E aí, também vem as perguntas: que ética e que força vital nasceria daí? Que nobrezas surgiriam daí? E vejam que falo de amor, não de bundalele, suruba, relação aberta, suingue, beijar várias pessoas numa micareta: tudo isso é de uma caretice nauseante e que dá uma preguiça... clichês!
Oh! Pós-modernos, descolados, libertários, seriam capazes disso??
Ainda não fizemos esta revolução e tantos tentaram e têm tentado. Muitas das religiões, especialmente o cristianismo, querem se fazer passar por agentes dessa revolução, quando só fazem o amor recair, de maneira muito subliminar e astuta, sobre formas de encontro cada vez mais caricatas, ossificadas e monstruosas.
Para corroborar comigo coloco aqui um trecho de entrevista com Deleuze, que acolheu muito isso de que falo, mas que já sentia e pensava muito antes de encontrar este texto:
"Em primeiro lugar, há relações de amizade ou de amor que não esperam a revolução, que não a prefiguram, embora sejam revolucionárias a seu modo: elas têm em si uma força de contestação que é própria da vida poética (...) Neste caso, há mais budismo zen do que marxismo, mas há muitas coisas eficazes e explosivas no zen." (DELEUZE, 2006: p.187 - livro A Ilha Deserta; texto chamado "Gilles Deleuze fala da Filosofia")
Também indico o filme Os sonhadores, para quem tenha se sensibilizado com isso que digo.
E, para seguir provocando e incitando que ousemos em produzir novos modos de relação amorosa, deixo também um vídeo que fala disso e certamente vai arrepiar a muitos, seja com horror moral, seja com alegria poética. Creio que o vídeo dará continuidade a meus argumentos. Mas é claro que ele só mostra mais uma possibilidade, não se pode dizer, evidentemente, que se trata da grande solução; há muitas revoluções amorosas possíveis e outras ainda virtuais, insuspeitas.
O amor exige seus devires!
http://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/documentario-mostra-dia-a-dia-de-adeptos-do-poliamor/
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Oficina-Imersão Corpo(i)ética em Campinas: por uma Educação dos Afetos, por uma Clínica Poética
Corpo, cor, ética, poiesis
(criação), poética, se cruzam em nossa prática para tensionar os modos de
sentir e viver e fazer vibrar a capacidade artística da vida de sempre
inventar-se a si própria.
Corpoiética é a palavra que acreditamos ser capaz de
expressar a natureza de nossa prática, para a qual a educação, a clínica e a
arte devem perder suas fronteiras disciplinares, porém, mantendo suas potências
intrínsecas.
Para nós, a educação passa pelo trabalho com as forças
que nos afetam e nos compõem, a clínica pela mutabilidade dessas forças e a
arte pela estética deste nomadismo.
Dessa maneira, esta 2ª edição da Oficina-Imersão
pretende, novamente, a partir de recursos artísticos advindos da dança, das
artes plásticas e da performance, trabalhar os encontros de corpos humanos e
inumanos propiciando outros modos de relação com o sentir e o agir, para dar
lugar a outros sentidos de vida; sentidos que sustentem a provisoriedade das
formas, mas mantenham a consistência dos modos de relação fortalecedores da
vida.
Vagas limitadas: 20 participantes
Será uma experiência para que a vida possa poietizar em nossos corpos!
- Público-alvo: educadores, terapeutas, artistas e
todos os interessados, profissionais e/ou estudantes.
- Quando? 19 e 20 de outubro de 2013.
- Onde? Sítio Catavento - Campinas (SP)
- Inscrições e informações: com Fernando Yonezawa, fefoyo@yahoo.com.br /
telefones: (34) 9232-8022 e Juliana (19) 8226-0600.
Para se inscrever, envie o comprovante de depósito por e-mail (foto ou imagem escaneada), juntamente com os seguintes dados: nome, RG, CPF, telefone e profissão ou curso em que estuda.
Dados bancários para depósito:
Banco do Brasil
Ag: 3141-0
c/c: 32396-9
(Fernando H. Yonezawa)
telefones: (34) 9232-8022 e Juliana (19) 8226-0600.
Para se inscrever, envie o comprovante de depósito por e-mail (foto ou imagem escaneada), juntamente com os seguintes dados: nome, RG, CPF, telefone e profissão ou curso em que estuda.
Dados bancários para depósito:
Banco do Brasil
Ag: 3141-0
c/c: 32396-9
(Fernando H. Yonezawa)
- Valores: R$ 300,00 - Hospedagem, alimentação, toda parte prática e teórica inclusos.
- Facilitadores:
> Ângela Vieira – psicoterapeuta esquizoanalista,
aprimorada em Saúde Mental, com
especialização em Análise Institucional e Clínica de Grupos e bailarina com
especialização em Dança Oriental.
> Juliana Bom-tempo – psicoterapeuta esquizoanalista, Mestre em
Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), doutoranda em Educação
pela Unicamp, professora de Psicologia da FAJ e performer.
> Fernando Yonezawa – psicoterapeuta esquizoanalista, Mestre em Educação
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Doutor em Psicologia
pela Universidade de São Paulo (USP), professor do curso de Psicologia da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), desenhista e artista marcial.
Programação a ser lançada em breve!
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